sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sobre dizer adeus.

Estar no meu quarto as 23:24 pensando em todas as coisas ao meu redor.
Pensando nessa existência vazia que dá preço a todas as vidas.
Entendendo tristemente que o relógio não para, que bons sentimentos não bastam.
Imaginando como sobreviver a esses socos diários, que rasgam minha carne. Aniquilam todas as minhas esperanças.
Que foda, que foda tudo isso.
Nós, todos os defeitos acumulados, todas essas vidas desperdiçadas.
Todo esse amor inexistente, promessas quebradas. Tudo é frágil feito gelo.
Não há no que acreditar, é tudo tão patético.
Você está sozinho na estrada indo para lugar algum , completamente sozinho.
Não há meio de confiar em ninguém, tudo que foi dito foi apenas dito.
Não há profundidade, todos são egoístas. Não há alguém que vá salva-lo.
Não há salvação para os que acreditam no amor.
Não há salvação para toda essa intensidade. Não há espaço para todo esse sentir.
Me afogarei nessa mediocridade cinza, nessa contagem de todas as horas.
Estou sem forças, meu coração é tempestade.
Quando a calmaria chegar meu amor, você será apenas brisa leve.
E se você covardemente foi embora, se não há nada que faça ficar, o adeus é eterno.
Nos desertos de todos os sentimentos que trago aqui, covardes não tem vez.