quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rancor?

Sempre achei que era uma pessoa difícil de guardar rancor.
Também com minha péssima memória é impossivel lembrar  todas as coisas ruins que já me fizeram.
Mas alguns acontecimentos simplesmente não se apagam com o tempo, deve ser ai que o rancor toma forma e entra no nosso coração.
Eu sei que não é um sentimento lindo e maravilhoso feito o amor, mas talvez seja importante para nosso crescimento e discernimento do que é ou não uma amizade confiável.
Quando uma pessoa te escolhe como amigo você passa a ter uma responsabilidade.
Mesmo que  não queira, se cativar o coração de alguém  você se torna responsável pelas dores que nele causar.
É meu amigo ser amigo não é fácil.
Já me magoei profundamente com pessoas que eu amava muito, se elas têm culpa ou não eu não sei.
Esperei muito e em troca tive pouco ou quase nada.
Talvez uma facada nas costas pra me mostrar quem era o dono (a) do jogo.
Acho que me recuperei, eu não sei...
Sempre é difícil perdoar, principalmente alguém tão especial para seu coração.
Não somos obrigados a nos preocupar com as dores do outro, mas é isso que nos torna humanos não?

Bjus

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pensamentos...


Envelhecer é inevitável.
Eu queria concertar muitas coisas, mas não sei, pode ser tarde demais.
É como se tudo que eu fizesse tivesse o efeito contrario do que eu gostaria, é como ser minha própria inimiga ou algo assim.
Queria pedir desculpas paras as pessoas que eu amo, mas não tenho coragem suficiente para isso.
Acho que não  tenho coragem suficiente para nada.
Vou culpar o tempo e deixar que as coisas tomem seu prumo, que as coisas aconteçam.
Rezar para que elas aconteçam e consigam preencher todo esse tempo que eu perdi andando em círculos.
Minha confusão emocional.
Minha decisão?
Tenho medo que  eu nunca mais consiga dizer o quanto tudo isso me importa e o quanto você me importa.
De todas as maneiras, de todos os jeitos ... isso só pode ser amor.
Eu não sei onde fica o fim...
Preciso sair dessa teia e procurar um lugar seguro para meu coração...antes que alguma coisa me mate.
Enfim... que se foda tudo isso.





terça-feira, 3 de agosto de 2010

Lost


Perdida.
Me lembro de ter me sentido assim pela primeira vez quando por um descuido da minha mãe me perdi na praia.
Eu no auge dos meus seis anos me afastei do guarda sol da minha família e quando virei para procurá-los já era tarde demais.
Acho que fiquei uns dez minutos sozinha, o que na verdade deve ter sido muito menos porque quando me encontraram nem estavam nervosos e nem bravos.
Foi à coisa mais tensa que me aconteceu durante anos.
Até que em outra ocasião foi a vez do meu irmão se perder enquanto estava sob minha responsabilidade.
Eu vi o caos estampado na cara da minha mãe e ela super irritada comigo:
- Não falei pra você cuidar dele?
Nessa época ela não sabia que eu mal cuidava de mim.
Para nossa felicidade ele estava escondido no armário.
E é claro que  procuramos aquele menino em tudo que foi lugar da rua,  e  esquecemos dos lugares mais óbvios de dentro de casa.
Enfim...
A minha idéia do que era estar perdido  ou se perder era essa, até que me tornei adolescente, dai tudo mudou, inclusive  minha concepção sobre isso.
Primeiro que quando se é adolescente por si só já nos sentimos perdidos.
Nem  é preciso um grande motivo para achar que nossa vida é uma droga, que nossos pais são crápulas, que nossos irmãos são idiotas etc.
Em resumo nossa vida é um drama, uma tragédia grega, um inferno na terra.
Eu que sempre fui o questionamento em pessoa não sabia pra onde ir.
Meus amigos eram muito diferentes de mim  e por muito tempo não me encaixei em nenhum padrão ou grupo, acho que até hoje isso acontece, mas na época era importante fazer parte de algo, nem que esse algo fossem os “nerds” da escola.
Porém não era tão nerd pra fazer parte dos nerds, e nem tão descolada para fazer parte dos populares.
Analisando isso depois de um tempo, posso quase afirmar que os nerds fizeram faculdade e agora trabalham em alguma rede de lanchonetes e os populares são pais de família que trabalham  na rede de lanchonetes concorrente a dos nerds.
Não fazer parte de grupos escolares teve enfim seu lado positivo.
Acho que a minha grande questão adolescente foi achar que estava perdida porque na verdade me sentia sozinha.
Com 18 anos ainda estava mais perdida na vida que cego em tiroteio, hoje aos 23 (11 dias para os 24) ainda me sinto assim às vezes.
Se perder ou se encontrar é particular de cada um.
No final estamos todos "perdidos", procurando por motivos, por respostas, pelo nosso lugar no mundo.
Procurando o amor.
Buscando redenção.
Perdidos enfim...

Ps: Ficou confuso mas é tudo do coração!
Bjus.